No último domingo (17), a Secretaria Municipal de Boninal divulgou o boletim epidemiológico onde têm 25 casos ativos de Covid-19. Nas últimas 48 horas não houve aumento.
“Informação é tudo na vida, é o que a gente mais precisa. E foi isso que a Defensoria trouxe para a gente”. São palavras assim, como as da lavradora Deronildes Rosa dos Santos, de 32 anos, que motivam a Unidade Móvel de Atendimento da Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA a percorrer todos os cantos do Estado e levar orientação jurídica e todos os outros serviços da Instituição para mais perto daqueles que precisam. Nesta sexta-feira, 26, a Unidade Móvel encerrou os seus três dias de itinerância pela cidade de Boninal, na Chapada Diamantina, e atendeu 289 pessoas durante este período.
“Além das 40 coletas dos materiais genéticos para os exames de DNA, o atendimento em Boninal foi destacado pela quantidade de orientações jurídicas sobre os mais diversos assuntos e pela vinda dos moradores dos distritos, cidades e povoados próximos, como Nova Colina, Cedro, Baraúnas, Guaribas e Seabra”, ressaltou o coordenador da Unidade Móvel, o defensor público Marcus Vinícius Lopes de Almeida.
Por falar em vinda de longe, a lavradora Deronildes, por exemplo, veio da comunidade quilombola Agreste, que fica na cidade de Seabra, em busca de orientação jurídica sobre a obtenção do salário-maternidade. “Eu já tenho uma filha de cinco anos, e, na época em que eu tive ela, o pedido do salário-maternidade foi indeferido. Agora, estou grávida da minha segunda filha, que vai nascer no próximo mês, e vim em busca de orientação da Defensoria para saber o que fazer para não ter o pedido negado, injustamente, pela segunda vez”, relatou a lavradora, que foi orientada a procurar o Centro de Referência de Assistência Social – CRAS – e também à Defensoria Pública da União – DPU, que trata das demandas previdenciárias. “Agora, sim, eu sei para onde ir. Era deste tipo de informação e orientação que eu precisava. Bastou a Defensoria chegar aqui para me mostrar qual caminho seguir”, agradeceu a lavradora.
Quem também foi em busca de orientação jurídica foi a lavradora Marienilda Anjos, 49 anos, que tenta, há cinco meses, cancelar o telefone fixo da sua residência. “Eu não sei mais o que fazer para cancelar esta linha que não tem mais utilidade na minha casa. Ligo para a Central de Atendimento e, depois de muitas tentativas e transferências, a ligação cai e eu não consigo falar com um atendente”, contou a lavradora, que fez mais uma ligação para a operadora durante o atendimento e também não conseguiu.