• CELULAR É FONTE DE CONTAMINAÇÃO EM UTIS COM BACTÉRIAS RESISTENTES À LIMPEZA

    Foto: Antônio Luiz/EPTV

    Um mapeamento realizado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas da USP em Ribeirão Preto (SP) identificou que a maioria das bactérias está resistente à limpeza diária e que o celular é uma das principais fontes de contaminação nesses ambientes.

    Os resultados do estudo foram publicados em artigo na revista inglesa “Fronteiras na Saúde Pública”, em agosto deste ano. Segundo o pesquisador Lucas Ferreira Ribeiro, o objetivo do grupo é alertar profissionais da saúde sobre a importância da revisão constante dos protocolos de higiene.

    “Às vezes, o contato com determinado paciente e o toque em outras superfícies dentro da própria UTI, você pode criar contaminações cruzadas dentro deste ambiente. Então, há a necessidade de estar vigilante e comprometido com a higienização adequada”, diz.

    O pesquisador destaca que muitas bactérias podem estar em visitantes saudáveis e não gerar nenhum tipo de problema, mas, em ambiente de UTI, especialmente pediátrica, esses microrganismos oferecem mais risco, devido à vulnerabilidade dos pacientes.

    “Mesmo após a limpeza, não houve a diminuição efetiva de bactérias relacionadas com infecção hospitalar. Então, há a necessidade de rever esses protocolos, buscar outros mais eficientes ou mesmo ter rotatividade, não só de limpeza, mas da parte de higienização”, diz.